Vivemos em tempos de estímulo à alienação.
Toda ação alienadora tem como objetivo levar o cidadão a seguir certos preceitos sem medir consequências.
Vou fazer, a seguir, referências a certos tipos de alienação que podem, sem dúvida alguma, tirar-lhe a verdadeira identidade.
Na política
Aprendemos a seguir um determinado líder político, acreditamos piamente em suas promessas, dedicamos o nosso tempo a ouvi-lo, discutimos com nossos familiares, amigos e até com desconhecidos que discordem da condição de alienação em que nos encontramos. Tenho presenciado situações de pessoas que elegem determinado político e se transformam em verdadeiros cães de guarda contra quem pensa diferente. Ou mesmo outros que, por opinião fechada, abrem mão dos próprios princípios para eleger a oposição pelo mero prazer de “eliminar” determinado problema e tapam os olhos para situações escancaradas no dia a dia.
Na religião
Outra é a chamada alienação religiosa, desde os primórdios da história encontramos pessoas alienadas religiosamente, alguns são capazes de matar ou morrer por questões de natureza religiosa. Nada contra a religião, mas contra a alienação e temos exemplos de líderes religiosas no Brasil que conduzem seus “rebanhos” tirando-os a consciência para aquilo que acreditam.
O exemplo de Jim Jones, nos Estados Unidos, deixa claro como as pessoas chegam a condição de tirar a própria vida para contemplar os interesses do seu líder religioso. Outro exemplo é o Islã que leva pessoas a explodirem bombas no próprio corpo, tirar suas vidas e de outras pessoas que não tem nada a ver com a alienação.
No futebol
Outro exemplo de alienação são as “torcidas organizadas” que se colocam prontas para brigar, matar ou morrer por seu time de futebol, alguns tornam-se obcecados em um determinado jogador e fazem absurdos enquanto o jogador nem sabe de sua existência. Há tempos, vivenciamos muitas mortes, violência e prisões por esse tipo de alienação mental.
Nas redes sociais
E, por último, a alienação exibida nas redes sociais, muitos adultos, adolescentes e até crianças estão vivendo para o mundo virtual sem um objetivo definido.
A ausência dos pais no dia a dia de uma criança pode ser um problema sério, os pais trabalham e muitas crianças ficam sozinhas ou sob a responsabilidade de empregados ou parentes que têm seus afazeres e nas horas vagas também vão para o celular e quando os pais percebem os filhos já estão viciados em redes ou jogos.
Com relação aos adultos que estão contaminados pelo vírus das redes sociais, passam a maior parte do tempo navegando e quando estão em um ambiente que não conseguem atender o toque do celular ficam impacientes e até estressados. Isso, certamente afeta a vida social.
Alguns meses atrás, eu estava parado no cruzamento de duas avenidas movimentas em uma cidade do interior aqui do Mato Grosso quando veio um rapaz de bicicleta pedalando com o guidão solto enquanto enviava mensagem no seu celular.
Em todas as referências o preço da alienação pode custar a própria vida ou prejuízos irrecuperáveis.
Devemos nos manter vigilantes quanto às alienações, elas são extremamente degenerativas e está em nossas mãos buscarmos saídas e alternativas que estão à nossa disposição o tempo todo, basta estarmos atentos.
(foto: freepik)
