Mato Grosso, um estado com dimensão continental, que carrega na sua história e no seu perfil uma das maiores biodiversidades do planeta, nosso bioma PANTANAL, uma fonte inesgotável de ecoturismo.
Somos um povo hospitaleiro, sejam os nativos, sejam os vindos de outras regiões deste país. Amo Mato Grosso e fico triste quando vejo que poderíamos fazer muito mais pelo turismo do nosso estado, mas na esfera federal estamos carentes de representantes.
O turismo não pode ser tratado por clínico geral, precisa ser cuidado por especialistas que tenham, acima de tudo, compromisso com “trade”, que busquem saber quais as principais demandas, que enxerguem as potencialidades nas entrelinhas e defendam o setor com veemência, não apenas no discurso, mas na ação.
Aprendi a amar este estado que há exatamente 31 anos me acolheu como seu filho, me deu muitas oportunidades e me apresentou muitos desafios, usufruí das oportunidades e aprendi com os desafios.
Não canso de dizer que estamos desperdiçando uma das nossas maiores fontes de riqueza, deixando de gerar milhares de empregos e melhorar a qualidade de vida de centenas de milhares de pessoas quando não exploramos o turismo de forma sustentável. O compromisso com o turismo é compromisso com Mato Grosso.
Em 11 de setembro de 1988 nascia às margens da BR 364, nas proximidades de Cuiabá, nascia uma cidade que leva o nome do principal afluente do Rio Cuiabá, o Ribeirão da Jangada, local onde vive um povo simples, trabalhador, hospitaleiro e de muita fé.
Nasceu JANGADA, nome de uma pequena embarcação muito usada por pescadores no litoral nordestino, mas aqui em Mato Grosso jangada é sinônimo de trabalho, progresso e desenvolvimento, com suas terras férteis, agricultura familiar pujante, pecuária forte, gastronomia fantástica, a principal iguaria são os “pastéis” e sua maior riqueza é seu povo.
O berço da pré-história no Brasil, sítio arqueológico Santa Elina, datação 22.500 anos, cachoeiras, cavernas, serras, rios e muitas belezas naturais. Quem passa na rodovia desconhece o que existe de mais belo em nossa cidade. Não basta passar em Jangada, pare em Jangada e veja como somos ricos em recursos naturais.
Conhecido como a “indústria sem chaminé”, o turismo precisa ser implantado em nossos municípios, pois todos têm espaço e potencial para desenvolver suas potencialidades turísticas. Com a FIT Pantanal 2017, considerado o maior evento turístico do centro-oeste brasileiro, em todos os momentos fica evidenciado que temos potencialidades turísticas e Jangada mais uma vez ficou fora desse evento, uma pena e uma grande perda para nossas comunidades que podem usar a agricultura familiar, cavernas, sítio arqueológico, artesanato, Rio Jangada e a gastronomia como alavancas da nossa economia solidária.
Arte: Alexandre de Melo @alemelo39
